A Pandemia, a Pedra na Tua Cabeça e o Incenso

Esta é provavelmente a melhor analogia que li sobre a pandemia e a situação aqui no Brasil.

Encontrei o texto básico em um site sem identificação da autoria e completei com o que me pareceu pertinente.

Imagine o seguinte diálogo:

– Ei, tem uma pedra vindo nessa direção e vai cair na tua cabeça!
– Não acredito…
– Olha aqui a foto da pedra com a trajetória calculada cientificamente levando em conta a distância e a velocidade até cair na tua cabeça. Além disso, daqui onde estou dá para ver a pedra!
– Mentira, não tem pedra nenhuma.
– Vai te acertar em cheio, mas você ainda tem um mês para sair daí. Mesmo que você ande devagar ainda vai dar tempo.
– Não, não tem pedra nenhuma, no máximo uma pedrinha, não vai machucar ninguém. Vou dormir.

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Passado um mês, a pedra acerta em cheio e o indivíduo é levado para o hospital.
A família nega que ele foi atingido, e mesmo depois de alguns meses em coma dizem que ele está só dormindo e que essa história de pedra na cabeça é balela.
Após uma reunião presencial, o Conselho Familiar decide cuidar do caso com incensos aromáticos.
Passado mais algum tempo, ele morre.
No velório o Patriarca da família diz:
– O que eu posso fazer? Não tinha como saber!

Logo depois a mesma situação com outra pessoa da mesma família:
– Ei, lembra do que aconteceu? Agora pode ser pior, a pedra é maior e está vindo na mesma direção.
– Pedra? Que pedra?

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