(*) Bagel (pronuncia-se (“beiguel”) é uma espécie de pão introduzido nos Estados Unidos pelos judeus e muito consumido em cidades com grandes populações judaicas, especialmente em Nova York.
Era uma noite de inverno em Nova York, com frio, garoa, um vento terrível e a neve começando a cair.
O dono da padaria já tinha dispensado os funcionários e estava começando a fechar as portas quando Abraão entrou.
O guarda-chuva virado de dentro para fora e o estado das roupas dele mostravam como estava o tempo e justificavam a decisão do padeiro em fechar mais cedo.
Mesmo com sobretudo, capa e chapéu, Abraão estava encharcado dos pés à cabeça.
Ele entrou, deixou o guarda-chuva no chão e enquanto tentava enxugar-se com o lenço, pediu:
– “Pode me dar dois bagels, por favor?”
O padeiro, assombrado com o fato de o homem ter saído naquela tormenta por tão pouco, indagou:
– “Dois bagels, nada mais?”
Abraão respondeu de forma enfática:
– “Isso mesmo. Um para mim e outro para a Berenice.”
O dono, fechando o pacote, voltou a perguntar:
– “Berenice é sua esposa?”
E Abraão, sem esconder a irritação, respondeu:
– “Lógico! Você acha que minha mãe ia me mandar sair com esse tempo?”
One thought on “Abraão e os Bagels (*)”
kkkk garanto q era um 8 de março!