Aventuras e Desventuras de Rabinovich na Rússia

Algumas histórias de Rabinovich, um judeu muito bem humorado que vivia em Moscou nos tempos da União Soviética:

Na Repartição Pública
Tentando obter permissão para emigrar para Israel, Rabinovich preencheu um documento e o entregou ao Oficial, que após consultar os arquivos, disse:
– “Você está dizendo que não tem parentes no exterior, mas sabemos que você tem um irmão em Israel”.
Rabinovich respondeu:
– “Sim, mas ele não está no exterior, quem está no exterior sou eu”.
O pedido foi negado.

Vendo o Enterro Passar
Assistindo um enterro pomposo e luxuoso de um membro do comitê executivo do partido comunista, o Politburo, Rabinovich balançou a cabeça com tristeza:
– “Que desperdício! Com esse dinheiro, eu poderia ter enterrado todo o Politburo!”

Os Judeus Venderam a Rússia?
Rabinovich ligou para o escritório do Pamyat, a organização ultranacionalista russa conhecida pelo antisemitismo e forçando o sotaque iídiche, perguntou:
– “Ei, é verdade que os judeus venderam a Rússia?”
E do outro lado o homem respondeu:
– “Claro que sim, todos sabem disso, judeuzinho!”
E Rabinovich quis saber:
– “E o senhor sabe me dizer onde pego a minha parte?”

Passeando na Floresta
Rabinovich estava andando pela floresta com uma ovelha, quando ambos tropeçaram e caíram em um poço. Alguns minutos depois, um lobo também caiu no buraco. A ovelha ficou nervosa e começou a balir.
– “Porque todos esses béééh, béééh?” – ele perguntou – “o camarada Lobo sabe quem comer”.

Mais Uma Vez, Tentando Ir Para Israel
Em mais uma tentativa de emigrar para Israel, o burocrata questionou Rabinovitch:
– “Porque você quer ir para Israel?”
Rabinovich respondeu:
– Por duas razões: a primeira é porque um membro do Pamyat mudou para o apartamento ao lado do meu e disse que tão logo eles se livrem de todos os comunistas, os judeus serão os próximos”.
E o oficial disse, rindo:
– “Esses idiotas dizem isso há muito tempo, mas a verdade é que eles jamais vão se livrar de nós”.
Foi o que bastou para Rabinovich dizer:
– “O que me leva à segunda razão”.

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Foto: Michael Parulava-Unsplash

 

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