Dª Sara, uma velhinha judia, foi parada por estar dirigindo acima do limite de velocidade.

– “Algum problema, policial?”
– “Sim, a senhora estava acima da velocidade permitida. Posso ver sua licença, por favor?”
– “Olha, eu a mostraria, mas me tiraram há quatro anos por dirigir embriagada.”

Sem se mostrar impressionado o homem pediu:
– “Eu preciso dos documentos do veículo, por favor”.
– “Também não tenho, o carro é roubado”.

Nesse momento o policial já demonstrava espanto:
– “A senhora roubou o automóvel?”
– “Sim, e matei o dono”.

Percebendo que estava lidando com uma mulher extremamente perigosa, o patrulheiro deu um passo para trás e continuou a conversa, já com a mão no coldre da arma:
– “A senhora fez o que?”
– “Matei e esquartejei. Os pedaços do corpo estão no porta-malas em sacos plásticos”.

Foi o bastante para o policial sacar a arma e apontar para a idosa, enquanto acionava o rádio para pedir reforços.

Em poucos minutos, seis carros da polícia cercaram o local e um oficial, aparentando ser o comandante e também com a arma na mão, aproximou-se da janela:
– “Senhora, saia do seu veículo, por favor!”

Obedecendo, Dª Sara perguntou:
– “Algum problema, senhor?”
– “Meu patrulheiro disse que a senhora roubou o carro e matou o dono”.
– “Roubei o carro e assassinei o dono!?”
– “Isso mesmo. Abra o porta-malas do carro, por favor”.

Sob o olhar vigilante do policial a velhinha abriu o porta-malas.

Vendo que estava vazio e com o olhar de quem não estava entendendo nada, o oficial indagou:
– “Este carro é seu, senhora?”
– “Sim, aqui está o registro”.
– “Meu patrulheiro disse que a senhora perdeu sua licença?”
– “Nada disso, está aqui, pode examinar”.

Absolutamente perplexo, o policial examinou a licença, devolveu-a à mulher e disse:
– “Desculpe pelo mal-entendido, senhora. Por alguma razão, meu oficial de patrulha relatou que a senhora perdeu a licença para dirigir por embriaguez, roubou este carro e assassinou e esquartejou o dono”.

Sem esconder o ar irônico Dª Sara disse:
– “Uau. Eu achei ele esquisito desde o começo. Aposto que aquele lunático também disse que eu estava correndo”.

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