Dom Bernardo Bonowitz, o Monge Trapista Que Era Judeu


Dom Bernardo Bonowitz
Foto Abadia Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo

O trabalho de coletar material para o Blog de vez em quando têm me levado a descobertas fascinantes.

Na busca de confirmação das notícias que julgo serem do interesse dos meus leitores, vou cruzando o resultado das pesquisas e isso acaba me conduzindo a achados extremamente interessantes. 

Numa dessas “garimpagens” encontrei a informação de que em Campo do Tenente, a 100km de Curitiba, está localizado o Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, o único dessa Ordem no Brasil.

E mais: Dom Bernardo Bonowitz, o Abade, é de família judia de ascendência bielo-russa e polonesa. Ele nasceu em Nova York e converteu-se ao catolicismo em 1968, quando tinha 19 anos. É formado em Letras Clássicas pelo Columbia College. 

São 29 monges, entre os quais três americanos, dois angolanos e um chileno. Eles não leem jornal, não ouvem rádio e não veem televisão. Somente Dom Bernardo pode sair para pregar em retiros espirituais.

Os trapistas se reúnem para rezar na capela oito vezes por dia. Não conversam durante o trabalho, a não ser o necessário sobre a tarefa que estão executando. Comunicam-se de preferência por sinais, visitam a família a cada cinco anos e podem receber os parentes por cinco dias, a cada dois anos.

O Mosteiro tem 330 hectares e três funcionários ajudam no cultivo de soja, feijão e milho. A produção agrícola garante a autossuficiência e a sobra permite socorrer outras obras religiosas e ajudar os pobres de Campo do Tenente. Na Alemanha, Holanda, Bélgica e EUA os Trapistas são famosos pela cerveja que fabricam, mas no Brasil não a produzem.  

Há uma hospedaria, afastada 200 metros da portaria e da capela, com 18 vagas em celas ou quartos bem simples. O irmão hospedeiro faz todos os contatos necessários, da chegada dos visitantes até a despedida. Os hóspedes preparam seu café da manhã e o jantar, porque o mosteiro só serve almoço, já que o horário rígido não permite pensão completa. 

No almoço os hóspedes usam um refeitório junto ao dos monges, sem vê-los, e escutam pelo alto-falante a leitura de um livro durante a refeição. Tudo em silêncio.

Os monges não têm atividades pastorais fora da clausura, mas podem ouvir confissões e dar assistência espiritual quando procurados. Deles, apenas sete são padres que foram escolhidos pelo Abade para serem ordenados, já que a vocação deve ser essencialmente monástica.

Para conhecer mais, visite o site, clicando aqui.

Foto Abadia Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo

2 thoughts on “Dom Bernardo Bonowitz, o Monge Trapista Que Era Judeu

  • Ronaldo Fonseca Hortmann

    Os Trapistas são fantásticos e muito amigos.

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  • Ronaldo Fonseca Hortmann

    Os conheço desde que era um priorado ,depois elevado a Abadia.

    Responder

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