Um Rabino ortodoxo estava andando na rua quando, de repente, uma forte rajada de vento levou seu chapéu de pele.
O Rabino, já idoso, correu atrás tentando alcançá-lo, mas o vento estava muito forte e cada vez o levava mais longe. Era visível que o homem não poderia alcançá-lo.
Um rapaz que estava próximo, vendo o que tinha acontecido e percebendo o esforço do Rabino, saiu correndo e em apenas alguns segundos pegou o chapéu e o devolveu ao religioso.
O Rabino ficou tão satisfeito e agradecido que deu vinte dólares ao jovem e, colocando a mão na cabeça dele, o abençoou.
Surpreso com o gesto, o rapaz achou que poderia aproveitar o presente e a benção arriscando a sorte no Jockey Clube, que ficava bem perto.
Chegando na pista, apostou os U$20 no páreo que ia começar e acabou ficando lá até o final da prova.
Terminadas as corridas o jovem foi para casa e contou para o pai o dia emocionante que teve, desde o encontro com o Rabino até a ida ao Jockey:
– “Cheguei no quinto páreo” – disse o rapaz.
– ” Olhei o programa e vi que ia correr um cavalo chamado ‘Cartola’. As chances dele eram de 100 para 1, mas pensei que depois de ter sido abençoado e ganho o dinheiro do Rabino por pegar seu chapéu, só podia ser uma mensagem de D-us. Então apostei os 20 dólares no ‘Cartola’ e aconteceu uma coisa incrível: ele disparou na frente e chegou em primeiro, pelo menos uns 5 metros na frente dos outros”.
O pai arregalou os olhos com a história:
– “Você deve ter ganho uma fortuna!”
– “Sim, dois mil dólares… Mas espere, não acabou aí…” – respondeu o filho.
E continuou:
– “Na corrida seguinte, estava inscrito um cavalo com o nome de ‘Panamá’. As chances eram menores, de 30 para 1. Eu sabia que ‘Panamá’ era um tipo de chapéu e pensando mais uma vez no Rabino e na benção, apostei tudo nele”.
A essa altura o pai do rapaz estava a ponto de infartar:
– “O que aconteceu? Me conte logo!”
– “O ‘Panamá’ veio como um foguete e eu ganhei U$ 60.000!” – o jovem respondeu.
Sem acreditar no que estava acontecendo o velho, empolgado, exclamou:
– “Você está me dizendo que trouxe para casa todo esse dinheiro?”
Continuando o relato, o filho disse:
– Não, eu perdi tudo no páreo seguinte. Havia um cavalo chamado ‘Chateau’, que significa chapéu em francês. Então, decidi apostar todo o dinheiro no ‘Chateau’, mas esse pangaré chegou em último”.
O pai, que já estava nervoso, quase teve um ataque:
– “Chapéu em francês é ‘Chapeau’, não ‘Chateau’, seu idiota. Você perdeu todo o dinheiro por ignorância! Me diga, que cavalo venceu a corrida?”
E o filho respondeu:
– “Um cavalo com um nome japonês que correu como um raio, chamado ‘Yarmulke’!” (∗)
(*) ‘Yarmulke’ é a palavra em iídiche para “solidéu”, o pequeno gorro que os judeus usam como sinal de respeito e reverência ao rezar e ao entrar em lugares específicos, como a Sinagoga e o Cemitério. Os religiosos o usam permanentemente. Em hebraico é chamado de ‘Kipá’.
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