O Compadre Olegário e o Feriado de XV de Novembro

Já contei aqui algumas histórias sobre o “compadre” Olegário.

Como servidor da antiga Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, ele e a esposa, a “comadre” Rita, moravam na área da ferrovia que passava dentro da Fazenda Guelmann, no Município de Ponta Grossa. Lá, entre os anos de 1968 e 1972, executei projeto de florestamento com o plantio de um milhão e seiscentas mil árvores.

Há pouco lembrei de um “causo” relacionado ao “compadre” Olegário e que tem a ver com o feriado de hoje.

O casal era tão devoto quanto ingênuo e fazia a alegria dos vendedores de quadros de santos que andavam pelas propriedades rurais na região de Ponta Grossa fazendo o seu comércio.

As paredes da casinha onde moravam era forrada de imagens de santos e ainda assim os velhinhos não deixavam de incorporar novos quadros a cada passagem dos mascates. E, religiosos como eram, conheciam e respeitavam todos os “dias santos de guarda”, como era comum aos católicos mais observantes.

Pois bem: num 15 de novembro, nosso capataz, o Dino, avistou o velho e foi logo perguntando:
“Olegário, está guardando hoje?”
“Mas é claro!” – disse ele.

E o Dino questionou:
“E qual é o santo de hoje?”

É o compadre Olegário respondeu, rápido:
“Hoje não é dia santo, é a morte de um grande general”.


Foto: Agência Brasil

 

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