Quem nunca fez sua lista de compras do supermercado (ou do armazém, no caso dos mais antigos) e, em vez de anotar “lâmina de barbear”, escreveu direto “Gillette”? Ou colocou “Bombril” no lugar de “esponja de lã de aço”? Pois é… muitas vezes a gente pede pelo nome da marca – e não pelo nome do produto.
Isso acontece porque algumas empresas foram pioneiras, investiram pesado em propaganda ou simplesmente conquistaram espaço no nosso dia a dia de um jeito tão forte que o nome da marca acabou virando sinônimo do produto.
Separei alguns exemplos para abrir esta série (sim, porque o tema rende muito!). Veja se você também se identifica:
Bombril (esponja de lã de aço)
Quem fala “lã de aço”? No Brasil, todo mundo pede “Bombril” — e com “mil e uma utilidades”, como dizia a propaganda.
Gillette (lâmina de barbear)
King Camp Gillette inventou o barbeador descartável no fim do século XIX e aposentou a navalha. Deu tão certo que até hoje chamamos qualquer lâmina de barbear de “gilete”.
Band-Aid (curativo adesivo)
Criado pela Johnson & Johnson em 1920, o Band-Aid virou referência mundial. Aqui, qualquer curativo pequeno ganhou esse nome.
Chiclete (goma de mascar)
Pode ser Trident, Ping-Pong ou Ploc… mas a gente continua pedindo “chiclete”, adaptação de “Chiclets”, a marca original.
Leite Moça (leite condensado)
Na cozinha brasileira, virou quase ingrediente obrigatório. A Nestlé lançou e o consumidor transformou “Leite Moça” em sinônimo de leite condensado.
Miojo (macarrão instantâneo)
O japonês Momofuku Ando criou em 1958, e no Brasil o nome virou referência. Aqui ninguém fala “macarrão instantâneo”: é sempre “Miojo”.
Maizena (amido de milho)
Está nas receitas da vovó, nos pudins e até no apelido das bolachas. Amido de milho? Todo mundo fala “Maizena”.
Xerox (fotocópia)
A força da marca foi tão grande que até verbo virou: “vou xerocar”.
Nescau ou Toddy (achocolatado em pó)
Aqui a discussão é quase futebolística: de um lado, os fãs de Nescau; do outro, os apaixonados por Toddy, sem falar em muitas outras marcas que estão disponíveis no mercado. No fim, todo mundo pede achocolatado pelo nome preferido.
Cotonete (hastes flexíveis)
Nos anos 1920, a Johnson & Johnson popularizou as hastes flexíveis com o nome “Cotonete”. Virou sinônimo no balcão da farmácia.
Esses são apenas alguns casos. E olha que a lista é longa… Eventualmente voltaremos a falar disso oportunamente.
Nota do colunista: a inspiração da matéria veio do site MegaCurioso, que reuniu marcas que se tornaram sinônimo de produto. Resolvi revisitar o tema, trazer minhas próprias observações e dividir com você alguns dos casos mais curiosos.