Tentando Entrar na Sinagoga Sem Pagar (*)

(*) Em algumas congregações judaicas existe o costume da venda de ingressos para as chamadas “grandes festas”, o Ano Novo (“Rosh Hashaná”) e o Dia do Perdão (“Yom Kipur”), que são os feriados mais importantes do judaísmo.
A prática decorre do fato de que muitas pessoas não participam das atividades religiosas e não frequentam o templo durante o ano, mas comparecem nesses dias, deixando a Sinagoga superlotada.
Assim, a reserva de assentos é a garantia de que o judeu praticante terá um lugar para sentar-se durante os serviços.
Obviamente os que não pagam também podem entrar e acompanhar as cerimônias, mas existe o risco de ter que esperar um lugar para sentar. 

Dito isso, vamos a nossa história:

Aarão e Rubens eram sócios. Aarão, mais religioso, comprou o ingresso para as orações nos feriados, mas Rubens, que não era observante, preferiu ficar trabalhando.

Exatamente no Yom Kipur apareceu um problema sério na empresa.

Rubens, sabendo que o sócio não atenderia o celular nesse dia, foi até a Sinagoga para encontrá-lo.

Ao chegar, foi barrado pelo homem que controlava o acesso ao templo:
– “Espere aí. Você não comprou ingresso e não pode entrar.”

Rubens, demonstrando uma certa irritação por ter sido barrado, disse:
– “Eu não vou demorar muito.”

O homem não conhecia Rubens, mas estava acostumado a lidar com aquelas situações, e respondeu:
– “De jeito nenhum. A Sinagoga está cheia e só posso deixar entrar quem tem lugar reservado.”

Foi a senha para Rubens explodir:
– “Olha aqui, sou sócio do Aarão e tenho que conversar com ele agora mesmo. Se não fizer isso, vamos perder um negócio de milhares de dólares e você será o culpado!”

Diante da argumentação, o encarregado respondeu:
– “Como você está dizendo que o assunto é estritamente comercial, vou te deixar entrar, mas ai de você se eu te pegar rezando!”

 

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