Moishe e Sua Brincadeira Sexual
Moishe, cheio de amor para dar, olhou para a esposa e disse:
— Ruth, acho que a gente devia apimentar um pouco nossa vida íntima. Podíamos fazer um joguinho de faz de conta, uma encenação.
Mesmo sem nenhuma disposição para o sexo e já pensando em como sair da situação, ela respondeu:
— Claro, meu amor! Quando você quiser, do jeito que quiser!
Moishe começou até a suar de alegria. A sorte dele virou de vez!
— Pode escolher, Rutinha, qualquer papel: enfermeira, professora, o que for!
Sorrindo, ela disse:
— Vamos brincar de médico e paciente. Eu sou a médica, você é o paciente.
A essa altura, Moishe já estava pensando em fantasia, maca, estetoscópio…
— Estou pronto! Vamos nessa!
Rifka então pegou um bloquinho imaginário e anunciou, seca:
— O consultório está fechado. A médica só volta a atender a partir de setembro do ano que vem.
Quando o Arrependimento Chega Tarde…
O rabino Shmuel estava conduzindo um estudo da Torá na sinagoga quando, de repente, um anjo apareceu bem na frente de todos.
— Rabino Shmuel — disse o anjo —, você é um exemplo para toda a humanidade. É altruísta, íntegro, profundo conhecedor do Judaísmo e generoso como poucos. Por isso, estou autorizado a lhe conceder uma recompensa. Você pode escolher entre riqueza infinita, saúde infinita ou sabedoria infinita. O que deseja?
Sem hesitar nem um segundo, o rabino respondeu:
— Quero sabedoria infinita.
— Mazal Tov (¹) rabino Shmuel — disse o anjo. — Está feito. Aproveite!
Num piscar de olhos, o anjo desapareceu, deixando o grupo boquiaberto. Seguiu-se um silêncio absoluto, até que um dos alunos perguntou:
— Rabino Shmuel, por que não testa agora esse novo dom? Diga algo bem sábio para nós!
O rabino suspirou fundo e disse:
— Oy vey… (²) Eu devia ter escolhido o dinheiro.
(¹) Mazal Tov (em hebraico) ou Mazel Tov (em iídiche) é uma expressão usada para parabenizar por uma ocasião significativa ou festiva.
(²) Oy vey é uma expressão muito usada pelos judeus e que exprime frustração, desânimo, surpresa ou agonia.
A Riqueza do Vovô
O pequeno David perguntou ao avô Morris, um senhor muito rico, como ele havia feito sua fortuna.
Morris tirou os óculos, pensou um instante e respondeu:
— Bem, querido, tudo começou em 1932, no auge da Grande Depressão. Eu estava reduzido à minha última moedinha de cinco centavos. Sem saber o que fazer, fui ao mercado e comprei a maior maçã que encontrei. Passei a manhã toda polindo a fruta e, no fim do dia, vendi pelo dobro do preço. No dia seguinte, comprei duas e fiz a mesma coisa.
Em um mês, dobrei as quantidades e as vendas.
E aí, a tia-avó do meu pai, Golda — que esteja entre os Justos — morreu e nos deixou cinco milhões de dólares.
Foto: Matheus Cenali na Unsplash