Max Goldstein estava saindo em viagem e tão logo entrou no avião e sentou no assento marcado, ficou olhando os demais passageiros que embarcavam.
As pessoas foram entrando e de repente ele viu chegar a mulher mais linda que jamais tinha visto.
Para alegria de Max, em poucos segundos ela sentou exatamente na poltrona ao seu lado.
Louco para puxar conversa, ele já perguntou:
– “Viagem de negócios ou passeio?”
Enquanto terminava de afivelar o cinto de segurança, ela sorriu e respondeu, sorrindo:
– “Negócios. Estou indo para a Convenção Nacional de Ninfomaníacas no Rio de Janeiro.”
Max engoliu em seco. Não dava para acreditar. A mulher mais linda que ele já tinha visto estava sentada ao lado dele e ia para uma convenção de ninfomaníacas.
Lutando para manter a compostura e procurando parecer calmo, ele indagou:
– “E qual será o teu papel lá?”
Muito simpática, ela respondeu:
– “Vou fazer uma palestra. Sou Psicoterapeuta especialista em problemas sexuais e vou usar minha formação e especialmente minha experiência pessoal para desmontar alguns mitos populares sobre a sexualidade”.
A essa altura Max estava a ponto de enfartar, louco para manter a conversação naquele assunto:
– “Sério? E quais são esses mitos?”
A moça então começou a detalhar:
– “Bom, o mito mais popular é que os afrodescendentes são os homens mais bem-dotados, quando na realidade os indígenas brasileiros é que têm essa característica. Outro mito que vou derrubar é o de que os franceses são os melhores amantes, mas vou demonstrar que os mais refinados e mais resistentes no sexo são os judeus. Minha experiência de muitos anos me permite afirmar isso”.
A essa altura ela pareceu um pouco desconfortável e disse:
– “Desculpe, não sei se deveria estar te aborrecendo com essa conversa, nem mesmo sei teu nome…”
E Max, rápido, respondeu:
– “Caramuru Goldstein”.
Foto: Natsan P Matias Natsan PMatt – Pixabay