Em meus anos de serviço público ouvi toda espécie de pronunciamentos, discursos e entrevistas.
Eu mesmo precisei fazer isso incontáveis vezes.
Longe de ser uma pessoa com o dom de falar, e frequentemente chamado a me pronunciar de improviso sobre assuntos que não dominava, devo ter proporcionado risos à muitas pessoas, especialmente quando “ameaçado” por jornalistas e repórteres com microfones e câmeras e tentava “provar a quadratura do círculo”.
Agora do lado de fora, tornei-me um crítico, um chato, uma pessoa que sente “um prazerzinho” em registrar os erros dos infelizes.
Um desses, um Policial, comentando hoje sobre a morte de um meliante, saiu-se com a seguinte preciosidade:
– “Chegando ao local, verifiquei que ele apresentava ferimentos incompatíveis com a vida”.
Juro.