Gabigol e o Jantar ao Som de “Vermelho 27”


Foto: Stux – Pixabay

 

Não é incomum a gente se deparar com comentários depreciativos sobre a formação e a conduta de jogadores de futebol. É inegável que há preconceito por parte da sociedade com relação a eles.

Existe até um anedotário a respeito, misturando ficção e realidade, recheado de histórias pitorescas e demonstrações de uma certa ingenuidade por parte dos protagonistas.

Por outro lado são frequentes os registros de acontecimentos relacionados a condutas inapropriadas no âmbito familiar, acidentes, comportamento em público, etc., da mesma forma como se dá com qualquer pessoa notória.

Fatos que jamais apareceriam na mídia são expostos com riqueza de detalhes quando os envolvidos são famosos. É o preço à pagar.

No último fim de semana assistimos mais um desses eventos, quando o jogador Gabigol do Flamengo foi preso com outros frequentadores em um cassino clandestino, em São Paulo.

Aos crimes cometidos, a reunião que desrespeitou o isolamento social e a prática da contravenção, somou-se mais um gesto lamentável: a arrogância do jogador com os policiais por ocasião da prisão, como relatou matéria que transcreverei abaixo.

Fora isso foi patética a explicação dele para a presença no cassino, imaginando que seus milhares de fãs acreditariam que ele foi lá apenas para jantar.

Seria o caso de perguntar se a música de fundo era “Vermelho 27“, gravada pelo Nelson Gonçalves em 1956. 

Notícias

“Ele falava com os policiais com um ar de superioridade”, diz delegado Nico sobre Gabigol durante operação contra aglomeração em cassino

Da Redação, com Rádio Bandeirantes14/03/2021 • 11:21 – Atualizado em 14/03/2021 • 15:05

“Tentaram [Gabigol e MC Gui] se esconder com panos na cabeça e ficaram atrás de moças e cadeiras no camarote de luxo. Eles estavam de máscara, ao menos na hora da abordagem da polícia, mas queriam passar batido”, disse delgado Nico sobre a operação contra aglomeração que fechou um cassino clandestino em São Paulo na madrugada deste domingo (14). 

O delegado Nico, que investiga o caso envolvendo o jogador do Flamengo, conversou ao vivo com Milton Neves e Guilherme Cimatti no Domingo Esportivo Bandeirantes. O atacante e o músico foram flagrados no estabelecimento da zona sul de São Paulo. 

Nico revelou também, inclusive, que Gabigol foi “arrogante” com os policiais. “Ele falava com os policias com um ar de superioridade. Chegou a dizer para o delegado que trabalha comigo que nós que causamos o tumulto. Ele trata o pessoal com um pouco de arrogância. Ele pode ser o Gabigol ou quem for. Ele foi conduzido”, afirmou. 

Nico falou sobre o trabalho para conter as festas durante a pandemia: “Há uma força tarefa muito grande. Combatemos nesses últimos cinco dias. Fechamos várias festas. Festas com 1400 pessoas. Aglomerados, sem distanciamento. Eu estou aparecendo e acabando com as festas. Ontem teve uma festa para 300 pessoas em um cassino e, infelizmente, uma pessoa que eu admiro estava lá”, disse, se referindo ao atacante flamenguista. 

O delegado Nico também contou como faz para descobrir as festas ilegais: “Para entrar nessas festas (clandestinas) o sujeito tem que fazer uma verdadeira gincana. Não tem convite liberado e o acesso é muito difícil”.

Para ler a matéria no portal Band UOL, clique aqui.

 

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