Jacob Edelstein e o Azar no Pôquer

Seis judeus aposentados da Flórida estavam jogando pôquer no clube do condomínio onde moravam quando Meyer, um dos amigos, perdeu U$ 1.000 em uma única mão.

Os parceiros de jogo sabiam que Meyer vivia às turras com a mulher, que não queria que ele jogasse pelo receio de que acabasse se endividando. Assim, se assustaram muito quando ele apertou o peito, deu um longo suspiro e deixou cair a cabeça na mesa, morto.

Os amigos costumavam brincar dizendo que não importava o que acontecesse, “o pôquer, assim como show, têm que continuar”, então, para demonstrar respeito e homenagear o camarada caído, os outros cinco continuaram jogando em pé.

Assim que terminaram, Finklestein, o decano da turma, olhou em volta e perguntou:
– “Então, quem vai contar para a esposa?”

Como convinha à ocasião, sortearam as cartas e Jacob Edelstein, que pegou a mais baixa, ficou encarregado de levar a notícia à agora viúva.

Os amigos, sabendo que Edelstein não era exatamente um primor de delicadeza, disseram para ele ser discreto, gentil e tomar cuidado para não piorar a situação.
– “Discreto? Eu sou a pessoa mais discreta que vocês já conheceram. Gentileza é meu nome do meio. Deixem comigo” – disse o mensageiro escolhido.

Edelstein caminhou até a casa de Meyer, no mesmo condomínio, e bateu na porta. A esposa atendeu e perguntou o que ele queria.

Solene, Edelstein declarou:
– “Seu marido acabou de perder U$ 1.000 no jogo de pôquer e está com medo de voltar para casa”.

Fazendo jus à fama, a esposa gritou:
– “Pois diga à ele para nem voltar, mesmo. Por mim ele pode cair morto!”

E um aliviado Edelstein respondeu:
– “Eu vou dizer isso para ele”.Foto: Pixabay

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