Izzy Blumberg estava encarregado de arrecadar fundos para a ampliação da Sinagoga e foi visitar Jacob Goldstein, um rico empresário.
Era a primeira vez que Izzy fazia aquele trabalho e o Rabino o preveniu de que Jacob era conhecido tanto pela fortuna como pela resistência em atender os pedidos de ajuda para as causas comunitárias. Para os amigos ele dizia que para essa finalidade suas portas estavam sempre fechadas e que não importava quem fosse lhe pedir, ele sempre teria como escapar da doação.
Chegando no escritório de Goldstein, Izzy saudou-o da maneira costumeira:
– “Shalom Aleichem (¹) senhor Goldstein. Como o senhor sabe, estamos empenhados em fazer a reforma de nossa velha Sinagoga e eu estava pensando se uma pessoa tão bem sucedida como o senhor não poderia fazer uma generosa contribuição”.
Jacob respondeu:
– “Meu nome é Gold, não Goldstein, e eu não sou judeu”.
Izzy, espantado e sem saber como lidar com a situação, perguntou:
– “Como assim? O senhor está certo disso?”
A resposta de Jacob foi incisiva:
– “Sim, é claro que tenho certeza”.
Pegando as fichas que trazia consigo, Izzy insistiu:
– “Olhe, senhor Goldstein, eu assumi esse trabalho há pouco tempo, mas tenho seu nome registrado como membro da comunidade e sei que esses dados são corretos”.
Diante daquilo, Jacob tentou esclarecer:
– Pela última vez, vou te dizer: eu não sou judeu, meu pai não é judeu e meu avô, “zichrono livracha” (²) também não era judeu!”
(1) Saudação usada pelos judeus que significa “a paz esteja com você”.
(²) é uma forma de se referir a uma pessoa já falecida, significando “que sua memória seja uma benção”.
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Foto: Sheldon Kennedy – Unsplash