Ontem fui abraçar o Jaime Lerner pelos seus 80 anos.

Foi uma comemoração com direito à performance do trio composto por ele ao teclado e Osvaldo Navarro e Abrão Assad nas flautas.

Estavam lá filhas, genros, netos, irmãos, cunhados, sobrinhos, amigos, colegas de profissão, colaboradores das três gestões na Prefeitura e nas duas no Governo.

Para muitos o Jaime é um mito. Para mim é um amigo do coração, alguém que me abriu portas de um mundo jamais sonhado e me mostrou que podemos marcar a passagem pela vida como agentes de transformação.

Houve época em que nossos 10 anos de diferença faziam diferença. Isso foi quando assistia ele jogar futebol no Centro Israelita do Paraná, ele um rapaz e eu um piá. 

Nossa aproximação começou na campanha do Saul Raiz ao Governo em 1982. Depois vieram as campanhas dele mesmo em 1985 e 1988, uma imersão total na amizade, mais uma porção de campanhas e o que era admiração virou parceria.

Boa parte de minha vida passei ao lado dele. Momentos bons, momentos de tensão, de alegrias e de tristeza. Nossas vidas.

Vida é o que desejo ao Jaime, “bis hundert und zwanzig”, até os 120.