Dª Janja, Madonna e o “Modus in Rebus”

Não me coloco junto aos que achavam que tudo o que era feito no governo anterior era bom, assim como não critico tudo o que o atual faz. Aos 76 anos e com uma certa “quilometragem” uso o que me sobrou de bom senso para deixar de lado preconceitos e tentar ser justo nas avaliações. Acredito que o Brasil merece algo melhor que essas tristes opções.

Nessa linha de raciocínio não posso deixar de apontar, algumas horas antes da concretização do que para mim será um escárnio: a presença da esposa do Presidente no show da Madonna, com a qual, dizem, poderá encontrar-se.

Além das notícias sobre a “matemágica financeira” que permitiu a vinda da artista ao Brasil, o que em um país sério deveria ser objeto de meticulosa investigação, é no mínimo questionável que um capricho da 1ª Dama mobilize todo o aparato de transporte, hospedagem e segurança para essa finalidade. Quanto custará isso tudo?

Há uma expressão antiga que acho que pode ser aplicada aqui:
– “isso é coisa de gente desfrutável”.

Se em condições normais isso seria reprovável, em meio a tragédia no Rio Grande do Sul passa a ser um tapa na cara dos Gaúchos e de todos os Brasileiros.

Em 2023, quando o Rio Grande do Sul foi assolado pelas enchentes, o Presidente e sua esposa estavam na Índia; coincidência, apenas. 

Dessa vez não há desculpa e é tempo de lembrar o velho Horácio e o “Modus in Rebus”: a justa medida em todas as coisas.

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