Sou daqueles que acreditam no provérbio “Uma maçã por dia mantém o médico afastado” e há muitos anos consumo diariamente pelo menos uma delas. E isso, é claro, não me dispensa das visitas periódicas ao médico.

Digo ‘pelo menos uma’ porque sou obrigado a dividi-las com nossas 3 cadelas, que são malucas pela fruta. 

Das duas variedades nacionais mais conhecidas e produzidas em Fraiburgo (SC), prefiro a Fuji, mais suculenta e saborosa. Há pouco tempo começou a aparecer a Pink Lady, de Vacaria (RS), de ótima qualidade e preço igual às demais.  

Dias atrás, no supermercado de sempre, me surpreendi com o preço de uma maçã importada a R$ 5,98 o quilo, R$ 2 mais barata do que as demais.

A etiqueta colada na fruta revelava a origem: “Val Venosa Mela Alto Adige“.

Acostumado a encontrar o produto argentino, que considero inferior às nossas em sabor e sabendo que “mela” é maçã em italiano, comprei umas poucas e fui ao onipotente Google para ter detalhes.

Descobri que veio de uma região italiana conhecida pela produção de muitas variedades da fruta e que aquela era a “Red Delicious“.

O que me deixou “encafifado” é o fato de estar sendo vendida mais barato do que as nacionais. Quanto ao sabor, apenas razoável, deixando perceber a longa jornada das macieiras até a gondola do supermercado. 

Sei (ou pelo menos acredito ser) que as argentinas entram pelo regime de livre-comércio do Mercosul, mas considerando que as italianas chegam de longe, com transporte especializado e frete mais caro, como isso é possível?

O site das tais maçãs está aqui.