Antes de contar a anedota de hoje tenho que fazer uma explicação:
– “Oneg Shabbat” é uma expressão hebraica que significa “a alegria do sábado”, para ressaltar a importância que o dia tem para os judeus. Ela designa uma celebração que ocorre nas Sinagogas e eventualmente podem ser servidas algumas comidas. Na Bíblia há uma referência a isso em Isaías 58:13, e o “Talmud” recomenda que no Sábado sejam feitas 3 refeições.
Dito isso, podemos ir para a história:
– Maurício Elkin morava em apartamento e tinha que levar o cachorro para passear, num sábado, e convidou o cunhado, Samuel, para caminhar com ele.
Os dois não eram religiosos, e passando pela frente da Sinagoga, Maurício disse para o cunhado:
– “Vamos entrar. Ouvi falar que nesta Sinagoga no Oneg Shabbat eles servem aquele fígado picado com cebola, uma delícia.”
E Samuel respondeu:
– “Você esqueceu que estamos com o cachorro? Eles não vão deixar a gente entrar.”
– “Deixe comigo, eu dou um jeito” – falou Mauricio.
Na entrada da Sinagoga, Maurício colocou a mão no ombro do cunhado, como se fosse cego, e disse:
– “Vá em frente.”
Na porta foram barrados pelo porteiro:
– “Não é permitida a entrada de cães.”
– “Não está vendo que sou deficiente visual? Ele é meu cão-guia” – respondeu Maurício.
E o funcionário da Sinagoga foi firme na resposta:
– “Você só pode estar brincando. Desde quando um Chihuahua é um cão-guia?”.
Mauricio, sem perder a pose, fez cara de surpreso e dirigindo-se ao cunhado, falou, com o necessário tom de indignação na voz:
– “O que, um Chihuahua? Foi isso o que eles me venderam, Samuel?”
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Foto: Gregory Murphy – Unsplash