“Não Dou Bola Para a Vacinação”. Palavras do Presidente.

Você pode ser ferrenho defensor do Bolsonaro, mas há de convir que a atuação dele em tudo o que diz respeito à pandemia – exceção feita ao Auxílio Emergencial – é um desastre.

Não há justificativa que sequer passe perto da razoabilidade para a quase totalidade de seus atos e manifestações.

Ele age sempre na contramão da ciência e da evolução, e a manifestação feita hoje sobre o fato de o Brasil estar atrasado na vacinação contra o Covid-19 é, como se dizia antigamente, “de cabo-de-esquadra”:

O ANTAGONISTA
26.12.20 13:11

“Não dou bola para isso”, diz Bolsonaro sobre país ter ficado para trás na vacinação

Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, durante passeio por Brasília, que “não dá bola” para o fato de que outros países iniciaram a vacinação contra a Covid-19 antes do Brasil.

Ninguém me pressiona para nada, eu não dou bola para isso. É razão, razoabilidade, é responsabilidade com o povo, você não pode aplicar qualquer coisa no povo”, disse.

O presidente voltou a afirmar que tudo o que viu “até agora em vacina que poderão ser disponíveis tem uma cláusula que eles não se responsabilizam por qualquer efeito colateral”.

A publicação original está aqui.

 

 

2 thoughts on ““Não Dou Bola Para a Vacinação”. Palavras do Presidente.

  • Humberto Baruch

    Desculpe, não é uma questão de ser a favor ou contra, mas sermos justos. Ouvi a resposta do presidente e conforme copiei do teu texto é: “Ninguém me pressiona para nada, eu não dou bola para isso. É razão, razoabilidade, é responsabilidade com o povo, você não pode aplicar qualquer coisa no povo”, disse. Ele não falou não dar bola para a vacina e sim para as pressões. Mas as narrativas são sempre conforme o “gosto” do freguês. Ou seja, para bom entendedor basta, não tem como admitir a pressão de quem quer que seja pois depende da aprovação da ANVISA. Tenho muitos amigos que trabalham na ANVISA. Da comunidade judaica daqui tenho o Peter Rembichevisk e o Hilton Katz, além da minha prima, a Fernanda. Eles estão trabalhando dia e noite e finais de semana sem parar, fora que não puderam gozar as folgas de final de ano, os chamados recessos. Somente se o presidente fosse um déspota ou ditador como Maduro, Castro ou outros do mesmo naipe Pará irresponsavelmente colocar a faca no pescoço da ANVISA. Os critérios da ANVISA são diferenciados das demais agências. E é uma agência de referência internacional. Tanto que temos medicamentos aprovados pelo FDA que não o são aqui, assim como da Europa. Há pouco tempo um motorista de um jogador de futebol brasileiro foi e está preso na Rússia por levar um medicamento proibido lá. Minha esposa é médica, e existem medicamentos especialmente autorizados por aquela Agência, pois ainda não são liberados pela ANVISA, chamados “off label” para serem aplicados em determinados pacientes. Forte abraço

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    • Gerson Guelmann

      Humberto, é como explicar o fato de que até agora não temos um plano efetivo de vacinação e as farmacêuticas dizem não ter capacidade para nos atender a curto prazo?

      Responder

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