O Facebook me lembrou hoje de fato acontecido há 6 anos, durante o Festival de Teatro de Curitiba. Coincidentemente esse evento, o maior de seu gênero no Brasil, está acontecendo agora, em sua 30ª edição, graças à visão e obstinação do notável Leandro Knopfholz.
Naquela ocasião a Rosane, minha mulher, mostrou (outra vez) seu bom humor e sagacidade, atributos sobre os quais já escrevi algumas vezes.
No dia 8 de abril de 2017 fomos assistir a peça “Blank” no Teatro Bom Jesus, que a cada noite era apresentada por um “performer” diferente. Era um sábado e a atriz escalada foi a Julia Lemmertz.
Por alguma razão, nossos ingressos eram separados e sentamos na fila onde seria o meu assento, esperando para ver se o ‘dono’ do outro lugar apareceria.
Aí, vejam só, materializou-se bem ali ao nosso lado a Camila Pitanga, que atuou na noite anterior e que parecia estar procurando o seu lugar.
Brincalhão como sou, disse para a Rosane:
– “Deu ruim, parece que você sentou no lugar dela”.
Como de costume, a resposta veio em velocidade supersônica e com o pronome no “gaúches”, que soa ainda mais ameaçador:
– “Se tu acha que vou sair daqui para a Camila Pitanga sentar ao teu lado, pode tirar o cavalinho da chuva”.
O lugar dela, para minha sorte, não era ali.