O forte do Blog são as piadas de judeus, mas há espaço para o humor de todas as etnias.

A de hoje é uma homenagem aos nossos queridos irmãos Nisseis.

É um clássico, daqueles que a gente ri mesmo após ouvir e ler dezenas de vezes, só de imaginar a situação.

Vamos lá:

– um senhor e uma senhora, ambos com traços indicando a ascendência japonesa, estão sentados lado a lado na sala de espera de um Proctologista, aguardando atendimento.

Após algum tempo, o médico abre a porta, despede-se de um paciente e chama:
– “Senhora Mineko, por favor.“

A senhora se levanta e entra. 

A mulher sofre de hemorroidas e o médico a submete a um exame minucioso. Depois de analisar com cuidado, diz para ela:
– “Senhora Mineko, não temos outra opção. A senhora vai ter que operar, e com urgência.” 

Ela, sem esconder a preocupação, diz:
– “De jeito nenhum, não quero operar.”
– “Dª Mineko, deixe lhe dizer: já há sangramento e isso pode evoluir para um quadro muito mais sério” – diz o médico.

A paciente mostra-se irredutível:
– “Tenho muito medo da cirurgia. Dizem que o pós-operatório é muito doloroso e além disso eu ajudo meu marido no trabalho, somos Feirantes, não posso ficar em casa.”

O médico senta, toma um copo d’água, suspira, levanta e diz:
– “Aguarde um minuto, por favor.”

Abre a porta da sala de espera e fala para o senhor:
– “Pode me acompanhar um instante?”

O senhor se levanta e entra na sala com o médico.

Com a paciente ainda na posição do exame, o doutor repete os procedimentos, dessa vez utilizando uma pequena lanterna para que o homem possa enxergar:
– “O senhor está vendo? Veja a situação dela…”

O senhor, interessado, mas um tanto constrangido, murmura:
– “Sim… Claro… Sim, posso ver que é bem ruim…”

O médico finalmente termina o exame e se dirige a ele novamente:
– “Veja, ela não quer fazer a cirurgia! Eu expliquei que é um caso de urgência, mas ela tem medo da operação e diz que não pode ficar em casa porque precisa trabalhar. O que o senhor acha disso?“

O homem fica calado por alguns segundos, pensativo.

Em seguida diz, embaraçado:
– “O senhor desculpe, mas não posso dar minha opinião.”

O médico, admirado, pergunta:
– “Como assim, porque o senhor não quer dizer o que acha?”

E o senhor:
– “Por duas razões; primeiro porque eu não sou médico. Segundo por que eu também vim para consultar e nunca vi essa senhora.”