O Funeral Como Reuben Blum Queria

Reuben Blum morreu.

Logo que foi confirmado o falecimento, seu Advogado procurou Rose, a viúva, e disse que Reuben havia deixado US$ 50.000 para um funeral que deveria ser muito bem elaborado.

Depois que tudo acabou e os últimos participantes foram embora, Rose virou-se para Sadie, sua amiga mais antiga e disse:
– “Bem, tenho certeza de que Reuben ficaria satisfeito, porque tudo foi feito como ele queria”.

E Sadie assentiu:
– “Sim, você está certa, também acho que ele estaria feliz” – e em seguida se inclinou e baixou a voz para sussurrar no ouvido da viúva:
– “Mas me diga, querida, quanto realmente custou tudo isso?”

Rose, com um sorriso um pouco irônico, respondeu:
– “O total foi realmente US$ 50.000, porque o testamenteiro disse que o dinheiro não podia ser gasto em outra coisa”.

  Dessa vez o tom de voz de Sadie foi de incredulidade:
– “Rose, minha amiga, nós nos conhecemos há muito tempo, você não pode imaginar que vou acreditar nisso. Realmente estava muito bom, você fez tudo com muito capricho, mas convenhamos… US$ 50.000?”

E a viúva fez o balanço das despesas:
– “Ele já tinha comprado o terreno no cemitério e o enterro custou US$ 6.500; doei US$
500 ao fundo de socorro da Sinagoga para o atendimento aos necessitados, a pedido do Rabino; a comida e as bebidas para a Shivá (¹) custaram outros US$ 500. O resto foi para a pedra memorial”.

Sadie, que estava acompanhando as contas de cabeça, não se conformou:
– “Rose, minha amiga… US$ 42.500 por uma pedra memorial? ! Oy Vey (²), de que tamanho ela é?”

E Rose respondeu, triunfante:
– “Cinco quilates e meio”.

(¹) Shivá (do hebraico שבעה “sete”) é, dentro do judaísmo, o período de sete dias de luto mantidos pela morte de uma pessoa próxima. Durante esse tempo os enlutados recebem a visita de familiares e amigos;
(²) Oy Vey é uma expressão iídiche que, nesse caso, indica surpresa, incredulidade.

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Foto: Sabrianna – Unsplash

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