Um amigo dizia que uma das maiores provas de coragem do ser humano é chegar em uma lanchonete de estação rodoviária de interior e pedir um daqueles ovos coloridos que estão há meses à espera de um incauto.
Ele ia além: contou que uma vez chegou em um desses locais e pediu um quibe frito; o atendente, sacudindo as mãos, disse:
– “Não é quibe, é ovo cozido, xô, mosca”.
Lembrei disso ao saber das pessoas que pagaram uma fortuna para ver os destroços do Titanic de dentro de uma lata de sardinha controlada (controlada?) por uns caras que entendem muito de vídeo-game.
Claro que torço para que sejam encontrados a tempo e se safem, mas não sei se são dignos de pena.
Ovo pintado de rodoviária é perigoso, mesmo.
p.s.: Já havia redigido esse post quando me deparei com um artigo que mostra, em definitivo, que os passageiros sabiam do risco que estavam correndo: