Pílulas de Humor Judaico (55)

RACHEL, A VIAGEM DE AVIÃO E O LIVRO DE ORAÇÕES
Rachel, uma mulher judia, precisava viajar com frequencia e como isso a deixava nervosa, sempre levava seu Sidur (¹) para ler a “Oração do Viajante”. Isso a ajudava a relaxar. Numa dessas viagens sentou ao seu lado um homem cético. Quando ele a viu puxar o Sidur, deu uma risadinha e um sorriso malicioso e se concentrou em sua própria leitura, mas depois de algum tempo virou-se para ela e perguntou:
– “Você realmente não acredita em todas essas coisas aí, né?”
Rachel respondeu:
– “Claro que acredito!”
E ele disse:
– “E o que você me diz daquele cara que foi engolido por uma baleia?”
– “Você se refere a Jonas… Sim, é uma história maravilhosa” – ela concordou.
E o companheiro de viagem insistiu:
– “Como você acha que ele sobreviveu todo aquele tempo dentro da baleia?”
– “Bem, eu realmente não sei. Acho que quando eu chegar ao céu, vou perguntar isso a ele”  – Rachel respondeu com firmeza.
Pensando em encerrar a conversa, o homem perguntou sarcasticamente:
– “E se ele não estiver no céu e sim no inferno?”
Aí Rachel liquidou:
– “Então você vai poder perguntar a ele”.

YANKEL, SHLOIME E A KGB
Lugar e época: em algum lugar da União Soviética na década de 1930.
O telefone tocou na sede da KGB:
– “Olá?”
– Por favor, é da KGB?”
– “Sim o que você quer?”
– “Estou ligando para denunciar meu vizinho Yankel Rabinovitz como inimigo do Estado. Ele está escondendo diamantes não declarados no meio da lenha para a lareira”.
– “Estamos anotando isso e agradecemos sua dedicação à Mãe Pátria” – disse o homem.
No dia seguinte, antes mesmo de amanhecer, os capangas da KGB foram à casa de Rabinovitz, vasculharam o galpão onde a lenha estava guardada e quebraram cada pedaço de madeira. Não encontram diamantes, xingaram Yankel Rabinovitz e foram embora.
Logo em seguida o telefone tocou na casa dele:
– “Olá, Yankel, é o Shloime. A KGB veio?”
– “Sim” – respondeu ele.
– “Eles cortaram sua lenha?” – quis saber o amigo.
– “Sim, cortaram bem do jeito que eu precisava, estou com o galpão cheio para todo o inverno” – confirmou Yankel.
E aí Shloime lembrou:
– “Ótimo, agora é a tua vez de ligar. Lembre que eu preciso que minha horta seja arada.”

(¹) Sidur é um livro de orações judaicas.

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Foto: Andre Taissin

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