Preparando o Jaime Lerner Para o Debate

“Logo que inventaram os tais adoçantes, Jaime Lerner pediu um cafezinho lá na Boca. A moça perguntou: – “quantas gotas, Prefeito?” “Duas esguichadas” – respondeu ele. A minha homenagem à quem critiquei como nomeado pela ditadura, a quem aprendi a admirar pelo conjunto de obras modernizantes, inovadoras, a quem cravou o nome na arquitetura mundial”. – (Parreira Rodrigues, comentando no Blog do Zé Beto).

Na campanha do Jaime em 1994 ao Governo do Estado, quando as redes sociais ainda não tinham sido inventadas, os cabos-eleitorais do principal adversário diziam no interior que ele era um político da cidade em um Paraná predominantemente rural.

Tentavam com esse sofisma diminuir as qualificações do administrador de sucesso que havia transformado Curitiba, colocando-a no mapa mundial como berço de inovações urbanas.

Oportunamente vou contar como esse discurso foi desmontado, mas hoje quero contar uma outra história, que tem a ver com isso.

Quando estávamos preparando o Jaime para o 1º debate, o Wianey Pinheiro, marqueteiro da campanha, encarregou o grupo mais próximo dele de “compor a banca” de exame, simulando perguntas que poderiam eventualmente ser feitas pelos adversários.

Imaginando que a questão da dualidade “capital X interior” poderia aparecer, na minha vez de perguntar “fui com tudo” para cima do candidato:
“Jaime Lerner, é verdade que você prefere comer um pedaço de pão em Paris do que um banquete no interior do Paraná?”

Na realidade eu citei uma cidade, e ainda lembro qual foi, mas a essa altura da minha vida não posso arrumar confusão com os cidadãos do Município.

O que ficou mesmo na minha memória foi a bronca que tomei depois:
– “P∗∗∗∗, Gerson, você tinha que me bater daquele jeito?”

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