No Natal de 2019 Santa Claus estava descarregando uma sacola de presentes muito pesada quando de repente murmurou:
– “Oy Vey…”

Assustado por ter usado uma expressão judaica em vez de seu habitual “Ho-Ho-Ho”, logo que o Natal acabou ele refletiu que isso poderia ser uma inspiração divina:
– “Talvez o judaísmo seja mesmo o meu novo caminho… O que aconteceria se eu me convertesse?”

E passou a enumerar mentalmente quais seriam as vantagens:
– “Bem, em primeiro lugar, há muito menos crianças judias para visitar do que as milhões de crianças cristãs e isso vai diminuir minha carga de trabalho. Eu teria oito dias de Chanucá para entregar meus presentes, em vez de ter que fazer tudo em uma noite.”

E continuou:
– “E as casas judaicas têm comida deliciosa, eles fazem guefilte fish, sopa de frango, blintzes, knishes, essas coisas. Nossa, minha boca está aguando só de pensar… Eu não aguento o leite e os biscoitos que sempre deixam para mim.”

Sobrou ainda a questão da circuncisão, mas ela não seria necessária. Ela foi feita acidentalmente uns anos antes num hospital, depois de um congelamento por ter ficado preso em uma chaminé.

Tendo decidido, sobrou só a questão do nome.

Nem precisou pensar muito: ele decidiu mudar legalmente seu nome para algo mais adequado ao seu novo ambiente étnico.

Assim, a partir de Chanucá de 2020 ele passou a ser conhecido como “Clausenberg Rebbe.”