Saul Talenberg e a Moça Que Lia Mentes

Saul Talenberg era dono de uma grande loja de móveis em Nova York.

Os negócios iam bem, estava financeiramente tranquilo mas, aos 50 e poucos anos, era um solteirão convicto.

Um primo que estava sempre tentando arranjar uma esposa para ele, convenceu-o a viajar para a Itália. 

Lá, disse ele, Saul poderia visitar as grandes lojas de mobiliário para se atualizar e aproveitaria para conhecer as mulheres italianas, famosas pela beleza.
“Quem sabe você não arranja uma noiva?” – incentivou.

Em Roma, já descansado e querendo passear, Saul desceu do apartamento e, na saída do hotel, foi abordado por uma moça muito bonita. Ela só falava italiano e ele só falava inglês, então não entendiam nada do que o outro falava.

Saul desenhava bem, então tirou um lápis e uma caderneta e rabiscou um táxi. Ela sorriu, acenou com a cabeça e eles foram dar uma volta pela cidade.

Mais tarde ele desenhou a figura de uma mesa com um ponto de interrogação e ela concordou. Levou Saul a um restaurante finíssimo, onde tiveram um excelente jantar.

Logo que terminaram de comer ele desenhou duas pessoas dançando e ela ficou encantada. Foram a várias casas noturnas, beberam champanhe, dançaram e tiveram uma noite gloriosa.

Já era bem tarde quando a moça fez um gesto, pedindo o lápis e a caderneta. Ela desenhou uma cama e mostrou para Saul.

Chegando de volta a Nova York, ele disse para o primo:
“Me despedi dela, mas até agora não sei como descobriu que trabalho com móveis”.

 

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