Terapia Judaica Contra o Vício

Max chegou em casa depois de um cansativo dia de trabalho e mal tinha fechado a porta, Elsa, a esposa, veio contar as novidades, sem esconder o tom crítico:
– “Veja só, Max… Sabe o Alan, o vizinho do 415
que fumava três maços de cigarro por dia? Parou de repente! Isso é o que eu chamo de força de vontade, uma coisa que você realmente não tem.”

Max deu de ombros, querendo ignorar um tipo de conversa que ele sabia que nunca acabava bem.

Mas ela ainda não tinha terminado:
– “E não é só isso. Me disseram que o Bernardo, aquele teu colega que vivia bêbado, entrou para os AA e parou de beber. Mais um exemplo de determinação, outra coisa que você não tem.”

O pobre Max, cuja paciência com a mulher já não andava muito boa, não aguentou:
– “Força de vontade? Determinação? Vou te mostrar como é: a partir de hoje vou dormir no quarto de hóspedes. Vou provar que não ter sexo com minha mulher não vai afetar minha vida.”

E ele manteve a palavra.

Uma noite, quando já fazia uma semana que estava dormindo sozinho, ele ouviu que Elsa batia na porta.

Max gritou, irritado:
– “O que você quer?”

E a mulher respondeu:
– “O Alan começou a fumar de novo.”

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