O dia de hoje marca o 100º aniversário da emissão do documento que mais tarde veio a ser conhecido como a Declaração de Balfour.

O documento datilografado foi redigido por Lord Arthur James Balfour, que durante 50 anos teve posição proeminente dentro do Partido Conservador britânico, e foi dirigido ao Lord Lionel Walter Rothschild, do mesmo partido na Câmara dos Comuns.

Nascido na família bancária Rothschild, Walter sempre este envolvido em atividades empresariais e cívicas, tendo atuado fortemente nos conselhos das instituições comunais judaicas. Apaixonado pelas Ciências Naturais, foi um Sionista obstinado.

O texto de Balfour dizia o seguinte:
– “Caro Lord Rothschild. Tenho o prazer de endereçar a V.S., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e pelo mesmo aprovada. O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país. Desde já, declaro-me extremamente grato a V.S. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista”.

Nesta noite, em Londres, haverá um jantar organizado para comemorar o centenário do documento. Estarão presentes Roderick Balfour, sobrinho-bisneto do Lord Balfour, Lord Jacob Rothschild, um descendente do destinatário da carta de 1917, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, e sua colega britânica, Theresa May.