Abraão e Isaac, sócios, estavam desesperados. Os negócios iam mal, as dívidas se avolumavam a cada dia e já cogitavam fechar a lojinha.

Diante da situação, resolveram ir até o banco para ver se conseguiam um empréstimo.

Preencheram um monte de formulários e o gerente disse:
– “Aparentemente o cadastro está em ordem. Vou mandar a papelada para a matriz e se não houver nenhum problema o empréstimo será liberado. Se houver algo em contrário, até o fim-de-semana nós avisaremos por telegrama. Se não receberem nada, podem voltar na segunda-feira e sacar o dinheiro.”

Abrão e Isaac voltaram para a loja. Os dias se arrastaram, foi uma agonia.

Nos horários em que o carteiro costumava passar, era um desespero, até que os sócios viam ele se afastar sem deixar nenhuma correspondência. Só então eles voltavam a se tranquilizar.

Chegou a segunda-feira, e quando estavam quase saindo para o banco, um mensageiro dos correios entrou na loja com um telegrama.

Abraão, o mais firme dos dois, recebeu o envelope e abriu, temendo o pior.

Já com lágrimas nos olhos ele desdobrou o papel e, de repente, seu rosto se iluminou em um sorriso e ele gritou para Isaac:
– “Ótimas notícias! Teu irmão morreu!”

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Foto: Capri23auto – Pixabay