Dª Rebeca estava passando pelo quarto do filho, Aron, e ficou surpresa quando viu a cama bem arrumada, nenhuma roupa jogada no chão, os livros todos na estante, o computador desligado, enfim, um quadro totalmente diferente do que costumava ver.
Olhando mais de perto ela viu um envelope apoiado no travesseiro e endereçado com letra maiúsculas: “MÃE”.
Com o coração disparado, as mãos tremulas e já pensando no pior, sentou na cama do filho e leu:
– “Querida mãe, eu sei que essa carta vai te causar uma dor enorme e sinto muito por isso, mas pensei muito e achei que não podia tomar uma decisão como essa sem te avisar… Eu decidi fugir com a Stacy, a filha do vizinho, porque queria evitar uma cena com papai e você. Sei que vocês sempre me avisaram para tomar cuidado e não fazer uma bobagem, mas quero que saibam que tenho uma verdadeira paixão por ela. Vocês nunca aprovaram os seus piercings, tatuagens, as roupas justas de motociclista e sempre tiveram muito preconceito porque ela é muito mais velha do que eu, mas quero que saibam que não é só paixão: ela está grávida. Sei que a Stacy e eu seremos muito felizes. Ela tem um trailer na floresta e já arranjou uma pilha de lenha para o inverno inteiro. Compartilhamos o sonho de ter muitos filhos. A Stacy abriu meus olhos para o fato de que a maconha realmente não faz mal à ninguém e vamos fazer um cultivo para nosso consumo e também para negociar com as outras pessoas da comuna onde vamos viver. Os pais dela não sabem que ela está com AIDS, mas vamos rezar para que com os novos tratamentos a doença mantenha-se estável e que aos poucos ela até possa melhorar. Com certeza ela merece! Não se preocupe mamãe, eu já tenho tenho 15 anos e sei me cuidar. Tenho certeza de que algum dia voltaremos para visitar vocês para que possam conhecer seus muitos netos. Com todo o amor do mundo, seu filho, Aron”.
E mais abaixo ele escreveu:
– PS: “Mãe, a história acima não é verdadeira. Estou na casa do Eitan e volto mais tarde. Só escrevi para mostrar para você e para o papai que há coisas piores na vida do que o boletim que está na mesa da cozinha”.
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