Um homem estava passando por uma loja de animais chamada “A Arca de Noé” e ficou fascinado com três papagaios expostos em um poleiro; vale dizer que eram tempos “ambientalmente incorretos”, quando esse tipo de comércio ainda era praticado.

Como sempre desejou ter um desses bichos, conhecidos pela inteligência e longevidade, o interessado entrou e foi conferir:
– “Qual é o preço deles?” – perguntou.
– “Depende, qual o senhor gostaria de levar?” – respondeu o Sr. Bóris, o dono.

O cliente apontou para um deles, e o proprietário da loja disse:
– “Esse custa U$ 5 mil.”
– “Caraca! O que ele faz?” – exclamou o homem, nitidamente assustado.
– “É que ele fala português e inglês” – disse o vendedor.

Surpreso, o homem apontou para a outra ave, querendo saber o preço dela:
– “Esse é bem mais caro, estou pedindo U$ 10 mil por ele” – falou o dono.

A essa altura o freguês, já pasmo, perguntou o que o segundo papagaio sabia fazer.
– “Como o outro, ele fala português e inglês, mas está aprendendo hebraico comigo e sabe mexer em computador” – respondeu o prestativo Bóris.

Desanimado e conformado diante da impossibilidade de comprar qualquer um deles, ainda assim o cliente resolveu perguntar quanto o vendedor pedia pelo terceiro.
– “Este não está a venda” – disse o Bóris.
– “Como assim, ele está na exposição mas o senhor não quer vender? Porque não quer se desfazer dele?” – indagou o já frustrado interessado.

O dono da loja explicou:
– “Não é que eu não queira vender, é que não sei quanto pedir por ele“.
– “Espere lá, o senhor está brincando comigo… Não consigo entender… Se os outros, com as habilidades que têm já custam um absurdo, o que esse aí sabe fazer?” – perguntou o cliente.

E o Sr. Bóris liquidou:
– “Isso eu ainda não descobri. Mas os outros dois chamam ele de Chefe“.

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Foto: Pixabay