Quando Um Judeu Viola o Sábado

Emil e Harry saíram da Sinagoga e estavam caminhando de volta para casa.

Ambos eram observantes e seguiam o preceito de não andar de automóvel no sábado.

De repente eles viram um táxi passar e perceberam que Irving Seligmann, um patrício conhecido dos dois, corria atrás e  agitava os braços para que o motorista parasse.

Emil comentou com Harry:
– “Conheço Irving há muito tempo e não pensei que ele fosse capaz de violar o Shabat andando de táxi.”

Harry respondeu:
– “Você não leu o livro que te emprestei, “O Outro Lado da História” sobre como não devemos julgar as pessoas? Eu consigo pensar em centenas de desculpas para o comportamento dele.”

Foi a vez do amigo retorquir:
– “Como o que, por exemplo?”
– ¨Talvez ele esteja doente e precise ir ao hospital.”
– “Pare com isso. O táxi estava andando a pelo menos uns 40 por hora, ele está saudável como o Usain Bolt!”
– “Bem, talvez sua esposa esteja para ter um bebê.”
– “Ela teve um semana passada.”
– “Então é isso, ele está indo visitá-la.”
– “Ela já está em casa.”
– “Quem sabe esteja indo para o hospital para buscar um médico.”
– “Ele é médico.”
– “Bem, talvez ele precise de remédios para a esposa ou para o bebê.”
– “A farmácia é uma caminhada de três minutos na direção oposta.”

Vendo que seus argumentos estavam sendo vencidos, Harry apelou:
– “Nesse caso pode ser que ele tenha esquecido que é Shabat!”
– “É claro que ele sabe que é Shabat. Você não viu a gravata? Era uma gravata italiana, Gucci, 100% seda. Ele nunca usa essa gravata durante a semana.”
– “Uau, você é realmente observador! Eu nem percebi que ele estava usando uma gravata.”

E Emil completou:
– “Como você não percebeu? Não viu que a gravata estava presa na antena do táxi?”


Foto: Free-Photos – Pixabay

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