Abrão e o Cortejo Fúnebre
Um homem entrou numa loja de conveniência para tomar um expresso e, quando saiu, notou a aproximação de um enterro que se dirigia ao cemitério israelita ali perto. Um carro funerário preto seguia lentamente, seguido por outro da mesma cor, cerca de quinze metros atrás do primeiro. Entre os dois veículos caminhava um homem solitário, segurando um cachorro na guia. O que mais chamava atenção, porém, era que, atrás do segundo carro, cerca de duzentos homens andavam em fila indiana.
O homem não conteve a curiosidade. Como o cortejo seguia muito devagar, ele se aproximou respeitosamente do senhor que levava o cachorro e disse:
— “Sinto muito pela sua perda. Sei que este é um momento difícil, mas nunca vi um enterro como este. Qual é o seu nome e de quem é o funeral?”
O homem enlutado respondeu:
— “Meu nome é Abrão, e nesse carro à frente está minha esposa.”
O diálogo continuou:
— “O que aconteceu com ela?” — perguntou o homem.
— “Ela gritou comigo, e meu cachorro a atacou e a matou” — disse Abrão.
Sem conter o espanto, o homem quis saber mais:
— “E quem está no segundo carro funerário?”
O viúvo esclareceu:
— “Minha sogra. Ela veio ajudar minha esposa, mas o cachorro, muito bravo, avançou contra ela e a matou também.”
Seguiu-se um momento de silêncio pungente, uma prova da fraternidade que se estabelece nessas ocasiões. Os dois homens caminharam juntos por alguns instantes, até que o curioso perguntou, hesitante:
— “Pode me emprestar, alugar ou vender o cachorro?”
E Abrão respondeu:
— “Entre na fila.”
Uma Pérola da Sabedoria Judaica
— “Nós ficamos velhos muito cedo e sábios muito tarde.”
Frases dos Melhores Humoristas Judeus
Groucho Marx (Julius Henry Marx – New York, 2/10/1890– Los Angeles, 19/8/1977)
— “Estes são os meus princípios. Se você não gostar deles, tenho outros.”
As Terríveis Pragas Judaicas
— “Que tua autoestima esteja tão baixa que você não possa participar da marcha dos desocupados.”