Aconselhamento Matrimonial
O Rabino deu a um homem um conselho de casamento: que sua esposa ficasse encarregada das pequenas decisões, e ele, das grandes.
Depois de trinta anos, Saul, o marido, voltou ao Rabino reclamando:
– Em trinta anos, não houve nenhuma grande decisão! Ela simplesmente ignorou o seu conselho e não me deixou decidir nada relevante!
Ao que Bertha, a esposa, respondeu, olhando para o Rabino:
– Claro que houve – e eu deixei ele decidir todas as que eram importantes, exatamente como o senhor nos orientou.
– Como o quê? – perguntou o marido.
– Quer saber? Eu te digo: uma grande decisão é sugerir o que fazer sobre o aquecimento global, a transição para energias limpas e o uso dos carros elétricos, a situação no Oriente Médio, a reforma política e o fim da reeleição, o papel da ONU e das grandes potências… Isso sem falar nesse negócio de inteligência artificial!
E determinada, finalizou:
– Isso você sempre decidiu, meu querido, e eu jamais me meti. As pequenas decisões foram – e ainda são – em que bairro iríamos morar e que casa comprar, onde passar as férias de verão, quando trocar de carro e por qual modelo, em que escola colocar as crianças, qual sinagoga frequentar… Enfim, só as pequenas decisões, exatamente como o Rabino nos aconselhou!
Filhos Criados, Trabalhos Dobrados
Sarah e Rachel costumavam tomar café juntas todas as quartas-feiras e, como boas mães judias, a conversa invariavelmente girava em torno “das crianças” — embora os filhos já fossem adultos e estudassem em universidades de outras cidades.
Em um desses encontros, Rachel perguntou:
– Você tem tido notícias do teu David na universidade?
– Ah, o meu David é tão brilhante… – respondeu Sarah, orgulhosamente. – Cada vez que ele nos escreve ou manda mensagem pelo celular, a gente precisa consultar o dicionário!
– Vocês têm sorte… — disse Rachel, suspirando. – Quando o nosso Jaime nos escreve, temos que consultar o banco…
Pergunta Idiota, Resposta Irônica
Moishe, o caminhoneiro, trafegava por uma rodovia que ainda não conhecia quando viu uma placa que dizia: “Ponte baixa adiante.”
Antes que percebesse, a ponte estava bem à sua frente – e o caminhão enroscou, ficando preso embaixo dela.
Com o trânsito parado, os carros logo começaram a se acumular, formando uma fila que parecia não ter fim.
Finalmente, chegou uma motocicleta da polícia. O policial desceu, deu a volta até onde estava Moishe, colocou as mãos na cintura e disse:
– Ficou preso, hein?
Moishe respondeu, sem esconder a ironia:
– Não… eu ia entregar esta ponte alguns quilômetros à frente – e fiquei sem gasolina.


