1.943 AMIGOS E UM SONHO

 

Eu tive um sonho.

Sonhei com a possibilidade de voltar a ser útil à cidade onde meu avô chegou em 1912 e que hoje abriga seus pentanetos. A cidade onde pude ser Secretário Municipal, Secretário de Estado e Presidente de Fundação pública e de ONG, sem jamais ter tirado proveito desses cargos.

A tentativa de me eleger Vereador foi apoiada por 1.943 amigos e amigos de amigos, muitos dos quais, sem me conhecer, acreditaram na promessa de lutar por uma cidade onde a Prefeitura trabalhe para quem mais precisa dela; uma cidade onde o asfalto novo e a as praças embelezadas não suprimam uma Educação com tecnologia de ponta acessível aos alunos menos favorecidos; onde a Saúde de qualidade esteja em todas as regiões; onde a Assistência Social proteja os mais vulneráveis; onde a cultura da Capital Ecológica do Brasil volte a se impor; onde a legislação municipal favoreça a instalação de ferramentas tecnológicas que transformem a vida das pessoas; uma cidade onde a Proteção Animal seja uma bandeira.

Através da minha candidatura ao Legislativo Municipal queria homenagear ao Jaime e à Fani Lerner, que me ensinaram esse caminho, e ao Gustavo Fruet, que mais recentemente me deu a oportunidade de novamente servir. Não consegui o objetivo, mas a eles rendo minha gratidão.

Fiz uma campanha baseada nos amigos conquistados ao longo da vida – os de infância e juventude, os que foram colaboradores dos negócios meus e da minha família e os que ombrearam comigo no exercício da função pública.

Esse foi meu objetivo desde o início: usar as redes para comunicar minha candidatura. Talvez, sem a pandemia, teria alterado um pouco o planejamento e quiçá teria sido bem sucedido. Inútil “chorar pelo concreto derramado, como me ensinou o Jaime Lerner

Não me arrependo e nada lamento.

Aos 73 anos seria otimismo demais prever nova incursão nesse terreno, mas continuo sonhando com o desejo de interferir positivamente na vida das pessoas.

Desse sonho, reforçado pelo apoio de 1.943 amigos, eu não abro mão.

10 thoughts on “1.943 AMIGOS E UM SONHO

  • Tania Maria

    Amigo querido,

    Abraço gde em ti e na maravilhosa gremista que vizinha teu travesseiro.

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    • Gerson Guelmann

      Obrigado, querida!

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  • Hélio

    Caro amigo Gerson! Não faz mal; perde a Câmara de vereadores de Curitiba; ganhamos nós, seus amigos e fãs dos contos, das piadas, das histórias e dos fatos tão poetica e liricamente narrados por você no blog.
    Mas se você se detiver por alguns minutos e analisar quem ganhou as eleições, verá que, com as raríssimas e honrosas exceções de sempre, nossos edis são uma representação tosca e reles dos seus (deles) eleitores.
    Lamento por você e pelos ideais que você sempre acalentou e que o levaram a tentar convencer uma parcela do povo curitibano do acerto das suas propostas. Se não convenceram o número suficiente para que vcê pudesse levá-las a bom termo, não sabem o que perderam.
    Mas não faz mal. Vamos continuar convivendo com o Zó do Posto, com o Mané da Farmácia, coma Maria dos Cachorros, com a Zeferina dos Gatos et caterva.
    Shalom!
    Hélio.

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    • Gerson Guelmann

      Hélio, meu caro: depois de 2 dias raspando as feridas com caco de telha, tal como fez Jó, aos poucos vou readquirindo meu prumo. E isso graças a amigos generosos como você! Obrigado pelo carinho!

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  • Nicholas

    Grande Gerson.
    Pois que fique registrado que o pouco que pude participar e ajudar nessa campanha, foi um imenso prazer. Estar aí, um pouquinho a cada dia, junto com essa sua família maravilhosa e com essa equipe espetacular que você montou para trabalhar, foi realmente delicioso. Além da oportunidade de conhecer gente boa e de me aproximar um pouquinho mais de você e dos seus, você me deu algumas semanas de esperança, de sonhos com uma Curitiba novamente tocada por suas mãos inquietas e bondosas. Adorei. A campanha acabou, não conseguimos o que queríamos, fico triste pela cidade e por todos nós, mas faria tudo novamente (é só chamar).
    Muito obrigado por tudo, gostaria de te agradecer apertando mais umas 1942 vezes aquele maldito botãozinho verde da urna, mas não me deixam .
    Grande abraço do novo amigo.

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    • Gerson Guelmann

      Nicholas, já entendi! Você pensou assim: eu vou matar esse quase-Vereador de emoção. Pois te digo: quase conseguiu o intento. Li agora com a Preta, que marejou os olhos, assim como eu. Saiba de uma coisa: você estava sempre com a gente, mesmo quando não estava. Conviver com você foi um subproduto maravilhoso desses meses de campanha e tenho certeza de que os dias que ainda teremos serão cada vez melhores. Um grande beijo, meu brother (como diria o Daniel).

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      • Raul G. Urban

        Gerson, meu caro:
        Durante décadas convivemos nos bons tempos de uma Prefeitura até lúdica, ainda nos tempos de Jaime e outros tantos que, aqui enumerados, ocupariam simplesmente todo o site!! Pois bem, ressurgir das cinzas é sempre uma virtude, um privilégio! Leio os comentários acima, e viajo no tempo, recordando o quanto fizemos nos longos anos em que Curitiba cresceu e floresceu. Teus votos, os agora recebidos no pleito, foram, talvez, não os necessários para ocupar uma cadeirfa na Câmara; mas foram suficientes para novamente preencher teu ego, olhar para a frente e seguir adiante, com o apoio de todos aqueles que sabem de ti. Jaime, Fany (in memoriam), e nosso comum amigo Gustavo Fruet, sabem de tua integridade, de teus compromissos com a cidade e com os que te cercam. Todos sabemos que, uma vez superados os percalços, mesmo vindo outros, seguimos adiante. Portanto, agora Fenix, podes contar comigo para futuras empreitadas. Continuamos remando no mesmo barco no mar grande, para alcançarmos o porto seguro. Forte abraço do Urban.

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        • Gerson Guelmann

          Urban: sem palavras para descrever a emoção e a gratidão após ler essa tua mensagem. “Aforamente” a generosidade para comigo, você sintetizou o sentimento que me moveu na direção da disputa. Como disse, aos 73 anos seria otimismo demasiado pensar em nova tentativa, mas saber que tenho um amigo de teu caráter no mesmo barco me anima e me faz enxergar além da neblina desse mar grande. Fique bem, carinho, luz e paz.

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  • Raul G. Urban

    Gerson, meu caro:
    Penso que, aos 72 anos – portaqnto, ambos da mesma geração -, temos ainda muito que colaborar para um bem-estar maior e melhor. Conta comigo. Mergulhado na pesquisa da memória histórica, portanto, elaborando vários trabalhos na área – como o do contar a história dos caminhos brasileiros, particularmente os do do Brasil Meridional, desde o século 16,m ou, ainda, o da escravatura no Paraná -, sigo em frente e, penso, isso será útil quanto a ideias conjuntas futuras. Abraço.

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    • Gerson Guelmann

      Urban, meu caro, tua mensagem chegou em boa hora. Tendo me lançado à esse projeto no que para muitos seria o entardecer da vida, me sinto pleno de energia e do desejo de ainda contribuir para com a cidade. Vamos ficar em contato. Fraterno abraço!

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