A frase do título é de Favio Chávez, criador e diretor da “Orquesta de Instrumentos Reciclados de Cateura”, fundada em 1º de junho de 2006.
A Orquestra é formada por jovens que moram nas proximidades de Cateura, perto de Asunción, onde está o “lixão” que recebe os resíduos urbanos de toda a região metropolitana da capital do Paraguay.
A característica do grupo é a interpretação de obras musicais com instrumentos fabricados a partir do material recolhido naquele local.
Num atelier onde trabalham “luthiers” e pais de família, são confeccionados violinos, violoncelos, contrabaixos, guitarras, flautas, saxofones e instrumentos de percussão, cujos sons imitam os originais.
Conheço um pouco do assunto porque dirigi o órgão municipal que construiu a Usina de Reciclagem de Curitiba na época do lançamento da campanha “Lixo Que Não é Lixo”. Depois fiquei afastado da área, mas sempre acompanhando as questões ligadas ao setor, até voltar a administrar a entidade que geria a mesma unidade, de 2013 a 2016.
Assim, consigo avaliar a importância do projeto da Orquestra de Cateura, tanto na questão da Sustentabilidade como da inclusão dos jovens em situação de vulnerabilidade. Vindos de famílias que vivem em condições precárias, eles encontram na música um elemento para desenvolvimento da criatividade e ascensão social.
Assista:
– vídeo com informações sobre a Orquestra;
– a Orquestra tocando a 5ª Sinfonia de Beethoven no Teatro Carre em Amsterdam.
